terça-feira, 30 de novembro de 2010

A Hipocrisia do Movimento Evangélico Moderno


A Hipocrisia do Movimento Evangélico Moderno
Por Renato A. O. de Andrade

As igrejas cristãs de hoje estão indo cada vez mais para um lugar onde não devia, para os pés de Satanás. Infelizmente, essa é a realidade das nossas modernas igrejas no século XXI. O grande movimento evangélico nos dias atuais é confundido com "avivamento", devido ao constante crescimento dessas igrejas.

As pessoas hoje sentem uma grande falta de amor. Estão sobrecarregadas pela rotina diária: trabalho, escola, faculdade, festas, compromissos, viagens, etc. Não sobra tempo para a dedicação à família, causando assim uma sensação de vazio interior. Diante disso, estão procurando suprir essa necessidade pessoal nas igrejas. Lá, elas se entregam completamente ao emocionalismo, achando ser o "toque do Espírito Santo" na vida delas, quando na verdade é apenas uma sensação hipnótica causada pelas músicas do louvor.

Sim, músicas hipnóticas dentro da igreja. Mas, como? O segredo é simples. Diante da falta de amor no mundo moderno, profetizado por Jesus em Mateus 24:12 "E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará.", as pessoas estão desesperadamente em busca de algo que preencha seu estado psicológico vazio, então, nada melhor do que fazer músicas com as letras direcionadas para esse público, colocando um disfarce de música cristã. E não é só nas músicas, os nossos cultos também estão cheios de emocionalismo descontrolado, desobedecendo ao fato de que nossos cultos devem ser racionais (Romanos 12:1). Nesses cultos, as pessoas choram, pulam, gritam, ficam num estado de transe, e ainda acham que é toque do Espírito Santo! Hoje, não analisamos mais as músicas para ver se estão de acordo com a doutrina bíblica. Pegamos qualquer música, desde que tenha roupagem cristã, e simplesmente cantamos, porque ela é bonita, agitada, "tocante", agradável aos ouvidos humanos, sem contanto dar a mínima atenção à letra. Ou seja, o movimento evangélico é tão hipócrita, que fala mal do samba, do pagode, do axé, quando são cantados no mundo, mas é só colocar uma letra cristã que todo mundo canta. E, para piorar as coisas, ainda inventam que tem que "interpretar a música" para entendê-la. Então cantam "Incendeia Senhor a sua noiva...", com o pretexto de que a palavra "incendiar", aqui significa "abençoar", do mesmíssimo jeito que fazem com as Escrituras! Mas, se olharmos para a Palavra de Deus, veremos que a palavra incendiar e seus correlatos, como fogo, chama, etc., são relacionados à destruição! Infelizmente, eles não querem saber disso.

Também dizem que as línguas estranhas são evidência do agir do Espírito na vida delas. Mas, o que são as línguas estranhas mencionadas na Bíblia? São simplesmente línguas como o Inglês, o Francês, o Japonês... são línguas conhecidas e faladas pelos humanos! O dom de línguas nada mais é do que a capacidade de falar essas línguas sem nunca ter estudado elas, e não ficar rodopiando pela igreja dizendo "samambaia na la baia salada banai". E as pessoas gostam disso! Mas elas não querem saber da verdade.

O louvor hoje está tão ridículo que está banalizado, na boca de qualquer um. Sim, os incrédulos, os bandidos, as prostitutas, as pessoas que não tem um compromisso sério com Deus, também gostam de dizer "E ele vem, e ele vem saltando pelos montes...". Como isso agrada a muita gente, começam a fazer músicas cada vez mais estranhas como "O país do futebol é o país da adoração", e o povo gosta, e rotula de "louvor", simplesmente porque tem a palavra adoração na letra! Nas igrejas, músicas que fazem Deus parecer o Papai Noel dos adultos chegam a arrancar lágrimas do povo ignorante, por pura pressão psicológica. É a mais pura lógica: Se 90% das pessoas na igreja estão doentes, coloquemos uma música como "Recebe a cura..." e toda a igreja irá chorar! Com isso, o ministério de louvor é exaltado, o pastor também e no final a igreja fica conhecida como "A Igreja aonde você entra e não sai sem sentir o toque do Espírito Santo!". Porém, se alguém se levanta para exortar ou repreender essas atitudes, é rapidamente silenciado. Eles não estão nem aí.

A mesma lógica está valendo para as pregações. Com o crescimento do Evangelho Social, aonde Jesus é pregado como um transformador da sociedade como um Gênio da Lâmpada Eclesiástica, temos deixado de pregar a salvação e o juízo vindouro. Estamos deixando de pregar o fogo eterno do inferno para pregarmos "Deus é amor". Sendo assim, aplicamos a lógica: Se 90% da igreja está em situação financeira desesperadora, basta falar que "o Senhor é meu Pastor, e nada me faltará, nem uma BMW, nem uma mansão de US$ 5 milhões, nem um emprego com salário acima dos 10 mil reais" e "Entregue seu dízimo e verá Deus agindo na sua vida, restaurando suas finanças, etc.", e cantarmos "Restitui, eu quero de volta o que é meu!" e toda a igreja estará lá, na fila do gazofilácio, derramando lágrimas e gritando "Aleluias" (sendo ignorantes, não sabem o que Aleluia quer dizer, muito menos que a palavra não tem plural) como se Deus fosse surdo. São pregações do Evangelho da Psicologia, não o Evangelho da Graça do Senhor e Salvador Jesus Cristo! E ainda rotulam o atual movimento de crescimento das igrejas no Brasil como prova de fé (graças ao pósmilenismo). Citam números e mais números, “Minha igreja cresceu de 100 para 550 membros esse ano! Estamos experimentando um grande avivamento em nossa igreja!”. Números e mais números, mas nada de qualidade e fidelidade à Palavra e à doutrina de Cristo. Eis o que o Senhor disse acerca da quantidade: “Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou eu no meio deles” – Mateus 18:29. Deus nunca esteve preocupado com números. Exemplos? A maioria absurda pereceu nas águas do dilúvio. A maioria murmurava contra Deus no deserto. A maioria vai aceitar o Anticristo, e se maravilhará das obras do falso profeta. Por fim (e que triste fim!) a maioria vai perecer eternamente no inferno. A esses, o Senhor Jesus pergunta "Quando vier o Filho do Homem, porventura achará fé na Terra?". É um absurdo, mas esses também não querem saber da verdade, somente olhar o seu próprio ventre.

Como se pode ver, as igrejas estão se tornando um lugar aonde as pessoas vão à procura de emoções, sensações e experiências psicológicas taxadas de “manifestação do Espírito”. Com isso, o Evangelho tem sido difamado, distorcido; os pastores agora são psicólogos; as pessoas não querem saber mais de um culto com reverência e temor a Deus, nem sequer prestam atenção nas letras do que estão cantando; as músicas do louvor estão na boca do povo, nada mais sendo do que uma categoria de música qualquer; os cantores estão virando ídolos “gospel”; os crentes achando que chorar, pular, gritar, é mover do Espírito, e o diabo, por fim, está batendo palmas, contemplando o sucesso do seu plano, que felizmente, vai durar muito pouco, porque em breve o Senhor Jesus irá voltar! E fico muito abatido na minha alma só de pensar que a estes do movimento evangélico moderno, quando disserem a Ele “mas Senhor, nós cantamos, evangelizamos, fizemos milagres e profetizamos a sua Palavra sobre a vida do povo”, o Juiz dirá solenemente essas tristes e terríveis palavras: “Apartai-vos de mim, não vos conheço”. Oremos por nossas igrejas, pois os dias são realmente maus.

Segunda-feira,
Extraído da internet: www.xtaor.blogspot.com

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