"Este blog tem por Objetivo transmitir a palavra pura e simples de Jesus, que não é pesada e nem cara, e nem instrumento de troca ou de Manipulação e Sim Poder de Deus para os que crêem" "Vinde a mim todos voçes que estão cansados e oprimidos e eu vos aliviarei" Mt 28:11
terça-feira, 30 de novembro de 2010
A Hipocrisia do Movimento Evangélico Moderno
A Hipocrisia do Movimento Evangélico Moderno
Por Renato A. O. de Andrade
As igrejas cristãs de hoje estão indo cada vez mais para um lugar onde não devia, para os pés de Satanás. Infelizmente, essa é a realidade das nossas modernas igrejas no século XXI. O grande movimento evangélico nos dias atuais é confundido com "avivamento", devido ao constante crescimento dessas igrejas.
As pessoas hoje sentem uma grande falta de amor. Estão sobrecarregadas pela rotina diária: trabalho, escola, faculdade, festas, compromissos, viagens, etc. Não sobra tempo para a dedicação à família, causando assim uma sensação de vazio interior. Diante disso, estão procurando suprir essa necessidade pessoal nas igrejas. Lá, elas se entregam completamente ao emocionalismo, achando ser o "toque do Espírito Santo" na vida delas, quando na verdade é apenas uma sensação hipnótica causada pelas músicas do louvor.
Sim, músicas hipnóticas dentro da igreja. Mas, como? O segredo é simples. Diante da falta de amor no mundo moderno, profetizado por Jesus em Mateus 24:12 "E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará.", as pessoas estão desesperadamente em busca de algo que preencha seu estado psicológico vazio, então, nada melhor do que fazer músicas com as letras direcionadas para esse público, colocando um disfarce de música cristã. E não é só nas músicas, os nossos cultos também estão cheios de emocionalismo descontrolado, desobedecendo ao fato de que nossos cultos devem ser racionais (Romanos 12:1). Nesses cultos, as pessoas choram, pulam, gritam, ficam num estado de transe, e ainda acham que é toque do Espírito Santo! Hoje, não analisamos mais as músicas para ver se estão de acordo com a doutrina bíblica. Pegamos qualquer música, desde que tenha roupagem cristã, e simplesmente cantamos, porque ela é bonita, agitada, "tocante", agradável aos ouvidos humanos, sem contanto dar a mínima atenção à letra. Ou seja, o movimento evangélico é tão hipócrita, que fala mal do samba, do pagode, do axé, quando são cantados no mundo, mas é só colocar uma letra cristã que todo mundo canta. E, para piorar as coisas, ainda inventam que tem que "interpretar a música" para entendê-la. Então cantam "Incendeia Senhor a sua noiva...", com o pretexto de que a palavra "incendiar", aqui significa "abençoar", do mesmíssimo jeito que fazem com as Escrituras! Mas, se olharmos para a Palavra de Deus, veremos que a palavra incendiar e seus correlatos, como fogo, chama, etc., são relacionados à destruição! Infelizmente, eles não querem saber disso.
Também dizem que as línguas estranhas são evidência do agir do Espírito na vida delas. Mas, o que são as línguas estranhas mencionadas na Bíblia? São simplesmente línguas como o Inglês, o Francês, o Japonês... são línguas conhecidas e faladas pelos humanos! O dom de línguas nada mais é do que a capacidade de falar essas línguas sem nunca ter estudado elas, e não ficar rodopiando pela igreja dizendo "samambaia na la baia salada banai". E as pessoas gostam disso! Mas elas não querem saber da verdade.
O louvor hoje está tão ridículo que está banalizado, na boca de qualquer um. Sim, os incrédulos, os bandidos, as prostitutas, as pessoas que não tem um compromisso sério com Deus, também gostam de dizer "E ele vem, e ele vem saltando pelos montes...". Como isso agrada a muita gente, começam a fazer músicas cada vez mais estranhas como "O país do futebol é o país da adoração", e o povo gosta, e rotula de "louvor", simplesmente porque tem a palavra adoração na letra! Nas igrejas, músicas que fazem Deus parecer o Papai Noel dos adultos chegam a arrancar lágrimas do povo ignorante, por pura pressão psicológica. É a mais pura lógica: Se 90% das pessoas na igreja estão doentes, coloquemos uma música como "Recebe a cura..." e toda a igreja irá chorar! Com isso, o ministério de louvor é exaltado, o pastor também e no final a igreja fica conhecida como "A Igreja aonde você entra e não sai sem sentir o toque do Espírito Santo!". Porém, se alguém se levanta para exortar ou repreender essas atitudes, é rapidamente silenciado. Eles não estão nem aí.
A mesma lógica está valendo para as pregações. Com o crescimento do Evangelho Social, aonde Jesus é pregado como um transformador da sociedade como um Gênio da Lâmpada Eclesiástica, temos deixado de pregar a salvação e o juízo vindouro. Estamos deixando de pregar o fogo eterno do inferno para pregarmos "Deus é amor". Sendo assim, aplicamos a lógica: Se 90% da igreja está em situação financeira desesperadora, basta falar que "o Senhor é meu Pastor, e nada me faltará, nem uma BMW, nem uma mansão de US$ 5 milhões, nem um emprego com salário acima dos 10 mil reais" e "Entregue seu dízimo e verá Deus agindo na sua vida, restaurando suas finanças, etc.", e cantarmos "Restitui, eu quero de volta o que é meu!" e toda a igreja estará lá, na fila do gazofilácio, derramando lágrimas e gritando "Aleluias" (sendo ignorantes, não sabem o que Aleluia quer dizer, muito menos que a palavra não tem plural) como se Deus fosse surdo. São pregações do Evangelho da Psicologia, não o Evangelho da Graça do Senhor e Salvador Jesus Cristo! E ainda rotulam o atual movimento de crescimento das igrejas no Brasil como prova de fé (graças ao pósmilenismo). Citam números e mais números, “Minha igreja cresceu de 100 para 550 membros esse ano! Estamos experimentando um grande avivamento em nossa igreja!”. Números e mais números, mas nada de qualidade e fidelidade à Palavra e à doutrina de Cristo. Eis o que o Senhor disse acerca da quantidade: “Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou eu no meio deles” – Mateus 18:29. Deus nunca esteve preocupado com números. Exemplos? A maioria absurda pereceu nas águas do dilúvio. A maioria murmurava contra Deus no deserto. A maioria vai aceitar o Anticristo, e se maravilhará das obras do falso profeta. Por fim (e que triste fim!) a maioria vai perecer eternamente no inferno. A esses, o Senhor Jesus pergunta "Quando vier o Filho do Homem, porventura achará fé na Terra?". É um absurdo, mas esses também não querem saber da verdade, somente olhar o seu próprio ventre.
Como se pode ver, as igrejas estão se tornando um lugar aonde as pessoas vão à procura de emoções, sensações e experiências psicológicas taxadas de “manifestação do Espírito”. Com isso, o Evangelho tem sido difamado, distorcido; os pastores agora são psicólogos; as pessoas não querem saber mais de um culto com reverência e temor a Deus, nem sequer prestam atenção nas letras do que estão cantando; as músicas do louvor estão na boca do povo, nada mais sendo do que uma categoria de música qualquer; os cantores estão virando ídolos “gospel”; os crentes achando que chorar, pular, gritar, é mover do Espírito, e o diabo, por fim, está batendo palmas, contemplando o sucesso do seu plano, que felizmente, vai durar muito pouco, porque em breve o Senhor Jesus irá voltar! E fico muito abatido na minha alma só de pensar que a estes do movimento evangélico moderno, quando disserem a Ele “mas Senhor, nós cantamos, evangelizamos, fizemos milagres e profetizamos a sua Palavra sobre a vida do povo”, o Juiz dirá solenemente essas tristes e terríveis palavras: “Apartai-vos de mim, não vos conheço”. Oremos por nossas igrejas, pois os dias são realmente maus.
Segunda-feira,
Extraído da internet: www.xtaor.blogspot.com
sábado, 27 de novembro de 2010
Pastores Gays?
Pastores Gays? Isso é possível?
O pastor americano Jim Swilley (51) surpreendeu recentemente os milhares de fiéis da megaigreja Church in the Now, que ele fundou um quarto de século atrás em Atlanta, Geórgia. Pai de quatro filhos e recém divorciado, depois de 21 anos de casamento, ele anunciou durante um sermão no mês passado: "Existem duas coisas em minha vida de que tenho certeza absoluta. Eu não pedi por nenhuma delas. Ambas me foram impostas. Não tenho como controlá-las. Uma é o chamado de Deus na minha vida. A outra é a minha orientação sexual".
Jim Swilley decidiu assumir sua condição de homossexual em frente a toda a congregação. Disse que já havia conversado com a família, que o apóia, e que Debbie, sua ex-esposa e também pastora da igreja, sempre soube disso. Swilley afirma que sabe que é gay desde a infância e tentou esconder o quanto pôde. Porém, precisava ser sincero com o que ele está vivendo, que a mensagem que prega é "Deus o ama como você é". Afirma ainda que se a maioria dos membros da igreja saírem, ele começará tudo de novo. (Fonte: Pavablog).
Seria possível aceitar a idéia de um ministro homossexual? Aqui não estou questionando existirem homossexuais entre os frequentadores de uma igreja, mas seria aceitável que um líder e sacerdote, alguém que tem o chamado divino para inspirar outras pessoas a serem pessoas mais plenas e resolvidas consigo mesmo, possa ser um homossexual?
Esta é uma questão difícil e envolve várias etapas nesta resposta. Primeiramente, ser homossexual é contrário a própria natureza, com "contrário" não quero dizer errado, mas aquilo que nega a natureza da fisiologia constituída por Deus nos seres humanos. Se Deus criou dois gêneros, é necessário que eles respeitem sua própria natureza. Homem (gênero masculino) e Mulher (gênero feminino). Um homem que quer ser mulher ou vice-versa, é a negação do que se é para querer ser o que se não é. Isso chamamos de homossexualismo.
Por si só, o homossexualismo é conflitante, pois negar a própria constituição é viver uma luta constante e gerar sobre si mesmo uma negação da personalidade e do gênero. Nenhuma alma é capaz de suportar tamanha pressão dentro do corpo. Um homossexual ao olhar no espelho, vê em si mesmo a negação do que deseja ser, portanto homossexualismo não é uma questão de corpo, mas uma questão de alma. É uma enfermidade da alma, um mau funcionamento da consciência, pois o que nega não é o corpo em si, mas a consciência que conhece a verdade sobre a natureza do ser.
Não acredito existirem brechas na teologia cristã que dêem aval para as igrejas permitirem sacerdotes homossexuais. Negar a participação de homossexuais nos cultos e trabalhos da igreja é um verdadeiro preconceito, mas permitir que esse conflito permaneça em uma vida sacerdotal, é negar o poder de Deus para libertar, curar e restaurar as coisas como as coisas devem ser. Um pastor pode surpreender sua igreja, afirmando sua homossexualidade, mas deve ser tratado, curado e restaurado em sua alma, pois aquilo que ele vive não é o poder de Deus agindo em sua vida, mas a condescendência de sua própria vontade e desejo. Creio que tais pessoas precisam de ajuda, não para serem aceitas, mas para serem mudadas.
Todo sacerdote é chamado para exercer a vontade de Deus. E a principal vontade de Deus é aceitar a forma como ele nos constituiu, quer sejamos homem, quer sejamos mulheres.
Em resumo, alguém pode ser gay, mas ao conhecer o amor de Deus e a salvação em Cristo jamais poderá permanecer gay. Continuar na prática contrária a de Deus é negar o seu poder e o seu amor. Ou se é gay ou se é cristão!
Bruno dos Santos.
O pastor americano Jim Swilley (51) surpreendeu recentemente os milhares de fiéis da megaigreja Church in the Now, que ele fundou um quarto de século atrás em Atlanta, Geórgia. Pai de quatro filhos e recém divorciado, depois de 21 anos de casamento, ele anunciou durante um sermão no mês passado: "Existem duas coisas em minha vida de que tenho certeza absoluta. Eu não pedi por nenhuma delas. Ambas me foram impostas. Não tenho como controlá-las. Uma é o chamado de Deus na minha vida. A outra é a minha orientação sexual".
Jim Swilley decidiu assumir sua condição de homossexual em frente a toda a congregação. Disse que já havia conversado com a família, que o apóia, e que Debbie, sua ex-esposa e também pastora da igreja, sempre soube disso. Swilley afirma que sabe que é gay desde a infância e tentou esconder o quanto pôde. Porém, precisava ser sincero com o que ele está vivendo, que a mensagem que prega é "Deus o ama como você é". Afirma ainda que se a maioria dos membros da igreja saírem, ele começará tudo de novo. (Fonte: Pavablog).
Seria possível aceitar a idéia de um ministro homossexual? Aqui não estou questionando existirem homossexuais entre os frequentadores de uma igreja, mas seria aceitável que um líder e sacerdote, alguém que tem o chamado divino para inspirar outras pessoas a serem pessoas mais plenas e resolvidas consigo mesmo, possa ser um homossexual?
Esta é uma questão difícil e envolve várias etapas nesta resposta. Primeiramente, ser homossexual é contrário a própria natureza, com "contrário" não quero dizer errado, mas aquilo que nega a natureza da fisiologia constituída por Deus nos seres humanos. Se Deus criou dois gêneros, é necessário que eles respeitem sua própria natureza. Homem (gênero masculino) e Mulher (gênero feminino). Um homem que quer ser mulher ou vice-versa, é a negação do que se é para querer ser o que se não é. Isso chamamos de homossexualismo.
Por si só, o homossexualismo é conflitante, pois negar a própria constituição é viver uma luta constante e gerar sobre si mesmo uma negação da personalidade e do gênero. Nenhuma alma é capaz de suportar tamanha pressão dentro do corpo. Um homossexual ao olhar no espelho, vê em si mesmo a negação do que deseja ser, portanto homossexualismo não é uma questão de corpo, mas uma questão de alma. É uma enfermidade da alma, um mau funcionamento da consciência, pois o que nega não é o corpo em si, mas a consciência que conhece a verdade sobre a natureza do ser.
Não acredito existirem brechas na teologia cristã que dêem aval para as igrejas permitirem sacerdotes homossexuais. Negar a participação de homossexuais nos cultos e trabalhos da igreja é um verdadeiro preconceito, mas permitir que esse conflito permaneça em uma vida sacerdotal, é negar o poder de Deus para libertar, curar e restaurar as coisas como as coisas devem ser. Um pastor pode surpreender sua igreja, afirmando sua homossexualidade, mas deve ser tratado, curado e restaurado em sua alma, pois aquilo que ele vive não é o poder de Deus agindo em sua vida, mas a condescendência de sua própria vontade e desejo. Creio que tais pessoas precisam de ajuda, não para serem aceitas, mas para serem mudadas.
Todo sacerdote é chamado para exercer a vontade de Deus. E a principal vontade de Deus é aceitar a forma como ele nos constituiu, quer sejamos homem, quer sejamos mulheres.
Em resumo, alguém pode ser gay, mas ao conhecer o amor de Deus e a salvação em Cristo jamais poderá permanecer gay. Continuar na prática contrária a de Deus é negar o seu poder e o seu amor. Ou se é gay ou se é cristão!
Bruno dos Santos.
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Onde estão os "Jonas" do Rio de Janeiro?
Por Bruno do Santos.
"E não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive, em que há mais de cento e vinte mil pessoas, que não sabem discernir entre a mão direita e a mão esquerda, e também muitos animais?" (Jn 4:11)
"E não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive, em que há mais de cento e vinte mil pessoas, que não sabem discernir entre a mão direita e a mão esquerda, e também muitos animais?" (Jn 4:11)
Inúmeros textos bíblicos revelam a preocupação de Deus com certas cidades do tempo bíblico, sejam estas cidades pagãs ou escolhidas por Ele para um propósito. Em nosso tempo o coração de Deus está sobre o Rio de Janeiro, cujo símbolo é um Cristo Redentor.
Jesus chorou ao contemplar Jerusalém de fora, e creio que hoje chora pelo Rio de Janeiro. O Rio está vivendo um tempo terrível e calamitoso. A cidade maravilhosa parece estar debaixo de grande juízo. Gente sóbria e querida sofre com a artilharia das milícias dos morros e da corrupção generalizada que tomou conta do Rio de Janeiro.
De acordo com as mais recentes estatísticas, é necessário entender que o crescimento da Igreja Evangélica no Rio de Janeiro trouxe apenas uma subtração para as outras religiões, sem todavia gerar mudanças substanciais para a cidade. É a salvação da alma e a perdição do corpo. Por isso vemos mesmo em morros, favelas, ou nos grandes centros urbanos do Rio de Janeiro, inúmeras igrejas, mas quase nenhum efeito social/moral de maior impacto.
Com isso, não quero dizer, que não exista um trabalho sério executado por algumas pessoas sérias, e realizado por igrejas sérias. Mas esse crescimento da religião evangélica no Brasil de modo geral e especificamente no Rio de Janeiro, não surte efeito avassalador como alguns alardeiam.
Mas este não é o momento de discutir erros e acertos da igreja. Quero me unir aos irmãos que anseiam por um Rio de Janeiro restaurado. Que o número de orações para a cidade seja maior que o número de mortos e desgraçados por esse momento que se abateu sobre o Rio. Que Deus também levante alguém como Jonas neste tempo, para pregar arrependimento e intercessão pela cidade maravilhosa, que esta semana chora sua dor e angústia.
Religião X espiritualidade
"Há um espírito vivendo em nós – então, naturalmente, haverá espiritualidade."
Dizer que há uma diferença entre religião, espiritualidade e espiritualidade cristã já virou lugar-comum. Mas é sempre conveniente estabelecer os limites entre elas. A religião resulta sempre de um caldo de crenças, convicções, definições e marcos concretos capazes de definir com certa precisão quem são os de dentro e os de fora. Religião e cultura estão intrincadas de tal maneira que, em muitos casos, não se sabe onde começa uma e termina outra. Conquanto sua etimologia – a origem é o termo latino religare – proponha a conexão, o religamento com o divino, a religião nem sempre pode ser considerada um ponto de contato com Deus. A religião é uma codificação de Deus, e por isso se apoia no dogma. Na mais elementar observação, é justo afirmar ser a religião uma criação humana para se aproximar de Deus.
Já espiritualidade é uma expressão do espírito, dessa dimensão misteriosa do nosso ser; de algo em nós capaz de levar-nos para alguém fora de nós. Sim, há um espírito vivendo em nós – então, naturalmente, haverá espiritualidade. Ela não precisa ser criada; necessita, isto sim, ser cultivada, pois já existe como condição natural do ser humano. A espiritualidade não é resultante da cultura, embora aconteça sempre dentro de um contexto histórico. É fato que as barreiras culturais e religiosas são melhor transpostas pela via da espiritualidade. Neste sentido, enquanto a religião é sempre uma realidade doméstica, acontecendo no âmbito da familiaridade da casa e de seus moradores, a espiritualidade é “selvagem”; ela não se deixa conter pelo lugar, pelo rito, pelas pessoas. Antes, passa pela casa, mas habita mesmo o mistério e o desconhecido. A espiritualidade quer experimentar Deus sem a obsessão de defini-lo – por isso, ela se apoia não no dogma, mas na metáfora, que é plural nos seus significados. Na mais elementar observação, é justo afirmar ser a espiritualidade uma criação de Deus para se aproximar do ser humano.
A espiritualidade cristã afirma um Deus eternamente trino, mas historicamente se alicerça em Jesus. Eis a razão pela qual nesta espiritualidade a verdade não é um dogma, mas sim uma pessoa: “Disse Jesus, eu sou a verdade e a vida; ninguém vem ao pai sem mim” (João 14.6). O cerne da vida de Jesus era sua relação com o Pai por meio do Espírito Santo. Sua inquebrável conexão com o Pai dava-lhe a invejável tranquilidade de dormir na proa de um barco em meio a uma tempestade apavorante. Por tocar e ser tocado pelo Pai, o Filho de Deus conseguia tanto tocar em leprosos intocáveis como sentir o singular toque de alguém no meio de uma multidão de mãos; podia sentar-se para descansar na casa de suas amigas Marta e Maria e comer e beber na companhia daqueles com quem a religião não aconselhava a fazê-lo. Jesus é o verdadeiro religare, em quem o divino e o humano se unem no seu estado de plenitude.
Duas tragédias podem se abater sobre a espiritualidade cristã. A primeira é quando ela é domesticada por uma religião, ainda que se denomine cristã. Nesse caso, valores são substituídos por regras; comunidades, por templos; relacionamentos, por doutrina; fraternidade. por denominação; devoção, por liturgia; conversação, por pregação; adoração, por espetáculo; serviço, por poder; graça, por lei; entrega, por consumo; ovelhas, por lobos; e a pessoa viva de Jesus, pela pálida caricatura de um ídolo, seja visível ou invisível. A segunda tragédia é tratar a espiritualidade cristã como se fosse algo fluido, sem rosto, sem âncora. Embora não seja a única espiritualidade presente no mundo, aquela que nasce de Jesus tem contornos definidos. É mistério, mas também encarnação visível do Deus invisível. É inclusiva, aberta a todos – mas exige transformação de mente e coração de todos que aceitam caminhar por suas sendas. É fundamentada nas experiências e nos relacionamentos, buscando o encontro com o coração do Pai.
Esse tipo de espiritualidade, a cristã, não é dogmática, mas racional. Ela se afirma a partir de algumas definições que a fazem singular. Ela não se deixa conter por nenhum odre religioso, mas ao mesmo tempo permite-se reduzir a uma referência histórica. Confessa um Cristo cósmico, presente em toda a Criação, porém encarnado plena e unicamente na pessoa histórica de Jesus de Nazaré. Vivemos um momento no qual o desgaste da religião institucionalizada e a explosão de diferentes espiritualidades nos impõem um reencontro com os alicerces da espiritualidade vivida por Jesus. Um retorno ao ponto no qual o Filho disse que sua vontade consistia em fazer a vontade de seu Pai. Ao que o Pai replicou: “Este é o meu Filho amado, em quem eu tenho prazer”.
Já espiritualidade é uma expressão do espírito, dessa dimensão misteriosa do nosso ser; de algo em nós capaz de levar-nos para alguém fora de nós. Sim, há um espírito vivendo em nós – então, naturalmente, haverá espiritualidade. Ela não precisa ser criada; necessita, isto sim, ser cultivada, pois já existe como condição natural do ser humano. A espiritualidade não é resultante da cultura, embora aconteça sempre dentro de um contexto histórico. É fato que as barreiras culturais e religiosas são melhor transpostas pela via da espiritualidade. Neste sentido, enquanto a religião é sempre uma realidade doméstica, acontecendo no âmbito da familiaridade da casa e de seus moradores, a espiritualidade é “selvagem”; ela não se deixa conter pelo lugar, pelo rito, pelas pessoas. Antes, passa pela casa, mas habita mesmo o mistério e o desconhecido. A espiritualidade quer experimentar Deus sem a obsessão de defini-lo – por isso, ela se apoia não no dogma, mas na metáfora, que é plural nos seus significados. Na mais elementar observação, é justo afirmar ser a espiritualidade uma criação de Deus para se aproximar do ser humano.
A espiritualidade cristã afirma um Deus eternamente trino, mas historicamente se alicerça em Jesus. Eis a razão pela qual nesta espiritualidade a verdade não é um dogma, mas sim uma pessoa: “Disse Jesus, eu sou a verdade e a vida; ninguém vem ao pai sem mim” (João 14.6). O cerne da vida de Jesus era sua relação com o Pai por meio do Espírito Santo. Sua inquebrável conexão com o Pai dava-lhe a invejável tranquilidade de dormir na proa de um barco em meio a uma tempestade apavorante. Por tocar e ser tocado pelo Pai, o Filho de Deus conseguia tanto tocar em leprosos intocáveis como sentir o singular toque de alguém no meio de uma multidão de mãos; podia sentar-se para descansar na casa de suas amigas Marta e Maria e comer e beber na companhia daqueles com quem a religião não aconselhava a fazê-lo. Jesus é o verdadeiro religare, em quem o divino e o humano se unem no seu estado de plenitude.
Duas tragédias podem se abater sobre a espiritualidade cristã. A primeira é quando ela é domesticada por uma religião, ainda que se denomine cristã. Nesse caso, valores são substituídos por regras; comunidades, por templos; relacionamentos, por doutrina; fraternidade. por denominação; devoção, por liturgia; conversação, por pregação; adoração, por espetáculo; serviço, por poder; graça, por lei; entrega, por consumo; ovelhas, por lobos; e a pessoa viva de Jesus, pela pálida caricatura de um ídolo, seja visível ou invisível. A segunda tragédia é tratar a espiritualidade cristã como se fosse algo fluido, sem rosto, sem âncora. Embora não seja a única espiritualidade presente no mundo, aquela que nasce de Jesus tem contornos definidos. É mistério, mas também encarnação visível do Deus invisível. É inclusiva, aberta a todos – mas exige transformação de mente e coração de todos que aceitam caminhar por suas sendas. É fundamentada nas experiências e nos relacionamentos, buscando o encontro com o coração do Pai.
Esse tipo de espiritualidade, a cristã, não é dogmática, mas racional. Ela se afirma a partir de algumas definições que a fazem singular. Ela não se deixa conter por nenhum odre religioso, mas ao mesmo tempo permite-se reduzir a uma referência histórica. Confessa um Cristo cósmico, presente em toda a Criação, porém encarnado plena e unicamente na pessoa histórica de Jesus de Nazaré. Vivemos um momento no qual o desgaste da religião institucionalizada e a explosão de diferentes espiritualidades nos impõem um reencontro com os alicerces da espiritualidade vivida por Jesus. Um retorno ao ponto no qual o Filho disse que sua vontade consistia em fazer a vontade de seu Pai. Ao que o Pai replicou: “Este é o meu Filho amado, em quem eu tenho prazer”.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Feliz Natal. Para quem?
O clima está no ar. O comércio já está todo decorado. O peru já está esperando. O corre-corre aumenta a cada dia. Os shoppings vão ficando pequenos para tanta gente. É Natal! É? Para quem?
Quem quer saber de manjedoura e estrebaria? Quase ninguém. Entre os poucos que se interessam estão os decoradores, afinal, um presépio sempre serve para ilustrar a data, é bonitinho. E só. Não queremos a pobreza e a falta de recursos enfrentados por José e Maria. Não queremos a sujeira e o mau cheiro de animais acolhendo nossa família. Não suportamos a rejeição de todos a nos isolar na escuridão de um estábulo. Queremos vitrines, banquetes e luzes. Mais que querer, achamos que merecemos.
O Feliz Natal das músicas típicas, dos cartões açucarados, dos hipócritas tapinhas nas costas, é um Feliz Natal há muito secularizado. Natal feliz só é feliz se aumentar o faturamento, se bombar a promoção, se receber muitos e super presentes. O atual Feliz Natal perdeu-se no seu materialismo, separando os que podem daqueles que não podem. Para os que podem, ok, Feliz Natal. Já para os que não podem, virem-se.
Não tenho nada contra a prosperidade e a conquista, a festa e o presente, a boa comida e a boa roupa. Pelo contrário, como qualquer cidadão, trabalho e luto para viver bem. A crítica, aqui, se direciona para a usurpação do tema. O mundo dos negócios com seus líderes percebeu rápido que um Feliz Natal é altamente apelativo e lucrativo. Assim, raciocinam, apelemos e lucremos, que mal há?
Jerusalém, quando o menino Jesus nasceu, nem se deu conta. As favelas de Nazaré também nem se importaram. O feliz nascimento de dois mil anos passados foi testemunhado por uma camponesa, um carpinteiro, anjos, pouquíssimos sábios e pastores divinamente avisados e alguns animais. Os demais, naquele país e no nosso planeta, estavam ocupados, cansados, preocupados, distraídos, dormindo, comendo, bebendo, comprando, vendendo, traindo, vivendo, morrendo. Enfim, não tiveram nem tempo, nem interesse, nem atenção para o Deus que nascia.
Falta de tempo. Talvez tenha sido por isso que os sinais divinos, através de anjos e estrela, tenham sido dirigidos para sábios do oriente e pastores de Belém. Enquanto o mundo estava com sua agenda abarrotada de compromissos, sem um mísero minuto sobrando para ouvir os céus, observadores de estrelas e cuidadores de ovelhas tinham espaço na agenda para ouvir e perceber os avisos de Deus.
As estrelas me alertam: olhe sempre para o céu, em qualquer momento Deus pode querer falar. As ovelhas me conscientizam: não despreze a simplicidade das pequenas situações, Deus também fala, e muito, através delas. Um Feliz Natal, de fato, passa longe da sedução imposta pela ditadura do consumo. Um Feliz Natal, de fato, está onde Jesus nasce, em nosso coração. Pois é no coração que nos encantamos com a simplicidade da terra e com as magníficas estrelas do céu. É só através do coração que conseguimos ver e ouvir com sensibilidade as coisas que só a fé é capaz de explicar. Feliz Natal! Para quem? Para você, que O recebeu e assim ganhou de presente o direito de ser filho de Deus, e tudo pela fé, por tão somente crer no nome dEle! João 1.12.
Paz!
Pr. Edmilson Mendes
Quem quer saber de manjedoura e estrebaria? Quase ninguém. Entre os poucos que se interessam estão os decoradores, afinal, um presépio sempre serve para ilustrar a data, é bonitinho. E só. Não queremos a pobreza e a falta de recursos enfrentados por José e Maria. Não queremos a sujeira e o mau cheiro de animais acolhendo nossa família. Não suportamos a rejeição de todos a nos isolar na escuridão de um estábulo. Queremos vitrines, banquetes e luzes. Mais que querer, achamos que merecemos.
O Feliz Natal das músicas típicas, dos cartões açucarados, dos hipócritas tapinhas nas costas, é um Feliz Natal há muito secularizado. Natal feliz só é feliz se aumentar o faturamento, se bombar a promoção, se receber muitos e super presentes. O atual Feliz Natal perdeu-se no seu materialismo, separando os que podem daqueles que não podem. Para os que podem, ok, Feliz Natal. Já para os que não podem, virem-se.
Não tenho nada contra a prosperidade e a conquista, a festa e o presente, a boa comida e a boa roupa. Pelo contrário, como qualquer cidadão, trabalho e luto para viver bem. A crítica, aqui, se direciona para a usurpação do tema. O mundo dos negócios com seus líderes percebeu rápido que um Feliz Natal é altamente apelativo e lucrativo. Assim, raciocinam, apelemos e lucremos, que mal há?
Jerusalém, quando o menino Jesus nasceu, nem se deu conta. As favelas de Nazaré também nem se importaram. O feliz nascimento de dois mil anos passados foi testemunhado por uma camponesa, um carpinteiro, anjos, pouquíssimos sábios e pastores divinamente avisados e alguns animais. Os demais, naquele país e no nosso planeta, estavam ocupados, cansados, preocupados, distraídos, dormindo, comendo, bebendo, comprando, vendendo, traindo, vivendo, morrendo. Enfim, não tiveram nem tempo, nem interesse, nem atenção para o Deus que nascia.
Falta de tempo. Talvez tenha sido por isso que os sinais divinos, através de anjos e estrela, tenham sido dirigidos para sábios do oriente e pastores de Belém. Enquanto o mundo estava com sua agenda abarrotada de compromissos, sem um mísero minuto sobrando para ouvir os céus, observadores de estrelas e cuidadores de ovelhas tinham espaço na agenda para ouvir e perceber os avisos de Deus.
As estrelas me alertam: olhe sempre para o céu, em qualquer momento Deus pode querer falar. As ovelhas me conscientizam: não despreze a simplicidade das pequenas situações, Deus também fala, e muito, através delas. Um Feliz Natal, de fato, passa longe da sedução imposta pela ditadura do consumo. Um Feliz Natal, de fato, está onde Jesus nasce, em nosso coração. Pois é no coração que nos encantamos com a simplicidade da terra e com as magníficas estrelas do céu. É só através do coração que conseguimos ver e ouvir com sensibilidade as coisas que só a fé é capaz de explicar. Feliz Natal! Para quem? Para você, que O recebeu e assim ganhou de presente o direito de ser filho de Deus, e tudo pela fé, por tão somente crer no nome dEle! João 1.12.
Paz!
Pr. Edmilson Mendes
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